salvei, creio eu, um cachorro.
desci do ônibus e duas coisas tiraram a minha concentração -que por sinal estava no Waited Up 'til it was Light do Johnny Foreigner-. a primeira foi um cara querendo puxar assunto, provavelmente com o intuito de me tirar algum pertence, que desviou o olhar logo que o encarei. nada de mais, foi a segunda que me fez escrever: um cachorro sendo arremessado pra frente por um carro, em plena -e movimentada- Avenida São Miguel.
atravessei a avenida e rapidamente o tirei dali. o coloquei no espaço seguro que há entre as vias da avenida, o qual agora me foge o nome. esperei, segurando-o, pela via livre para atravessar. aliás, segurando-a. era uma cadela. (que logo depois descobri que havia dado cria há alguns dias). atravessei-a e, na rua, já havia se formado uma multidão. ouvi uma voz irritante. "é meu. é minha, a cachorra é minha. sou a dona." a velha gorda se aproxima.
atravesso, após pedidos, a cachorra pro outro lado da avenida. quis sim, cuidar da cachorra. e foi isso que me espantou, da maneira mais imatura possível, ao esperar (ou não esperar nada) um "brigado viu moço" e ouvir um "graças a Deus, glórias a ele."
imaturidade minha ter me espantado e dito "quem salvou a cachorra fui eu".
e como ela está? tem uns cortes no rosto e sente dores pelo corpo. ah, está bem. eu, Deus, estou tomando providências.
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#DEUS
ResponderExcluirgente gorda é uma merda
ResponderExcluiro nome do espaço entre as pistas de uma avenida é canteiro, se não me engano.
ResponderExcluirde qualquer forma, ato admirável e bom texto