domingo, 6 de maio de 2012

saber se colocar no seu lugar

(o termo é:
saber colocar-se no seu devido lugar)


é interrompido ao tentar passar pela catraca:
uma mulher com uma cesta está vendendo trufas para os passageiros do outro lado da mesma.
tem fome, mas vai esperar chegar em casa para jantar como todo cara convencional.
porra, tem tanta vontade de comer aquela trufa de maracujá... mas ah, agora já está sentado. imagina levantar e pedir uma trufa? para quê se expor desse jeito?
afinal, já não foi o suficiente para um fim de semana? fim do ano... pode chamar como quiser...

"se tiver uma moeda de um conto aqui no bolso da frente, firmeza,
que vá junto com a minha insegurança".

há meses já com essa amiga, ele resolve fazer o que tem de fazer: comprar, pois então, a trufa de maracujá.
delicia-se com sua aquisição - possessão momentânea -, até que a moça bonita que agora subiu ao ônibus passa ao seu lado enquanto há resquícios da guloseima em seu bigode.

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