sábado, 2 de outubro de 2010

texto sem a necessidade de possuir um título

não uso letras maiúsculas. não sinto necessidade de deixar o que eu escrevo etica e esteticamente bom. não quero causar impacto. mesmo porque, o que eu escrevo é uma bosta. vem de uma opinião que é totalmente formada de opiniões e preconceitos já vividos e que têm toda a chance do mundo de mudarem. e é aí que está.
quando criança, eu era o melhor jogador de snes e ps1. era o melhor aluno da sala, tinha até uma namoradinha (fazia o social, ne), ninguém ganhava de mim no yugi-oh e até tive boas fases ao jogar bolinha de gude e alguns esportes comuns.
tinha todos os albuns de figurinha de banca (quase completos), os posteres, as revistas ultrajovem, os cards. sempre que eu via um boneco de personagem, eu juntava pra comprar. pensava ter todos que estivessem a venda, mas sempre aparecia mais. aí nascia minha vontade e obsessão por "completar" as coisas. ser bom, ser melhor! práticas que foram forçadas a serem abandonadas.
lembro de planejar um futuro repleto de vitórias e conquistas. ser o homem mais bonito e mais rico. ter a melhor casa e esposa mais linda. sem contar que eu queria ser o mais inteligente, possuir todo o conhecimento do mundo. isso tudo é verdade. a parada era realmente séria. e tudo isso era pelos motivos mais comuns do mundo.
hoje vejo o quão sem sentido era isso tudo. me sentir completo, um homem melhor. pra quê isso tudo? hoje sou um homem querendo o contrário de tudo isso.
ouço coisas como: vá trabalhar para se tornar um homem melhor, um homem responsável. e lá quero eu ser melhor e responsável? não possuo planos de dar vida a uma família. detesto a responsabilidade. se eu me ferrar por isso, não vou levar ninguém comigo.
já sofri muito. vivi, amei. não passei mais tempo na vida do que amando. aprendi com o mundo que tudo isso me tornaria mais forte. que seria mais capacitado a melhor lidar com problemas e dilemas. uma retribuição por tantas lágrimas e dores. mas cada passo na verdade me enfraquece mais. então porque devo tentar nas falsas esperanças continuar com algo que só me deixa mais próximo do chão?
na verdade não faço questão de ser forte. nem homem faço questão de ser. não faço questão de ter saúde, ter conhecimento, estabilidade emocional/financeira, educação, honra, respeito e nenhum desses adicionais.
não vim para o mundo pra ganhar, conquistar, exercer ou realizar conceitos. vim pra nada disso, pelo simples acaso. e esse "nada" eu sei realizar muito bem.
hoje chego a conclusão de que só faço questão de ganhar no truco e no banco imobiliário.

3 comentários:

  1. acho que ter conhecimento é válido. de resto, nem faço questão também.

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  2. Não sei se faço questão ou se não faço. Sei lá, acho que não faço, mas gostaria de fazer. Enfim... vc já sabe de toda esse perrengue.
    Mas... tá certo, curti. É tudo um simples acaso mesmo e, de qualquer forma, todo mundo acaba realizando o mesmo 'nada'...

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  3. é aí que tá, não é necessário. se te é interessante ou não, fica a critério.

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